domingo, 13 de fevereiro de 2011

Cristianismo 5

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= CRISTIANISMO =
Eis-nos de volta ao tempo comum, o tempo da nossa caminhada.
“Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo”, recorda-nos hoje S. Marcos. E acrescenta: “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”.
Há quase dez anos (faltam poucos meses) que este serviço se dedica a divulgar o Evangelho do dia, num apelo à conversão. Um a um, de boca a orelha, de computador a computador, os nossos leitores têm assumido o papel de arautos, de transmissores da Boa Nova. Mas, como diria o nosso saudoso Papa João Paulo II, “Isso não chega”. É preciso ir mais longe, a mais computadores, a mais orelhas, a mais corações.
Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo, que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.
Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: www.evangelhoquotidiano.org; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
O serviço está agora disponível em 10 línguas: português, espanhol, francês, inglês, alemão, neerlandês, italiano, polaco, árabe e arménio.
Carta aos Hebreus 10,32-39.
Recordai os primeiros dias nos quais, depois de terdes sido iluminados, suportastes a grande luta dos sofrimentos, tanto sendo expostos publicamente a insultos e tribulações como sendo solidários com os que assim eram tratados. Tomastes parte nos sofrimentos dos encarcerados, aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens, sabendo que possuís bens melhores e mais duradouros. Não percais, pois a vossa confiança à qual está reservada uma grande recompensa. Na realidade, tendes necessidade de perseverança para que, tendo cumprido a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Pois ainda um pouco, de facto, um pouco apenas e o que há-de vir, virá e não tardará. O meu justo viverá pela fé, mas se ele voltar atrás, a minha alma não encontrará nele satisfação. Nós, porém, não somos daqueles que voltam atrás para a perdição, mas homens de fé para a nossa salvação.
Livro de Salmos 37(36),3-4.5-6.23-24.39-40.
Confia no SENHOR e faz o bem;
habitarás a Terra e viverás tranquilo.
Procura no SENHOR a tua felicidade
e Ele satisfará os desejos do teu coração.
Confia ao SENHOR o teu destino,
confia n'Ele e Ele há-de ajudar-te.
Fará brilhar como luz, a tua justiça,
e como sol do meio-dia, os teus direitos.
O SENHOR assegura os passos do homem
e compraz-se nos seus caminhos.
Se cair, não ficará por terra porque
o SENHOR há-de estender-lhe a mão.
A salvação dos justos vem do SENHOR;
Ele é o seu refúgio na hora da angústia.
O SENHOR os ajuda e liberta, defende-os
dos ímpios e salva-os porque n'Ele se refugiam.
Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.
Dizia ainda: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e finalmente o trigo perfeito na espiga. E quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice porque chegou o tempo da ceifa.» Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos? É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem; mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.» Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender. Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos em particular.
São Cromácio de Aquiléia (? – 407), bispo Sermão 30, 2 (a partir da trad. SC 164, p.137)
A semente lançada à terra dá muito fruto (Jo 12, 24)
O Senhor comparou-Se a Si mesmo a um grão de mostarda: ainda que fosse o Deus da glória e da majestade eterna, tornou-Se muito pequeno, porque quis nascer de uma virgem com um corpo de criança pequena. Foi lançado à terra quando o Seu corpo foi posto no túmulo. Mas, depois de Se ter elevado de entre os mortos pela Sua gloriosa ressurreição, cresceu sobre a Terra até Se tornar uma árvore em cujos ramos habitam os pássaros do céu.
Esta árvore significa a Igreja que a morte de Jesus Cristo ressuscitou na glória. Os seus ramos só se podem entender como sendo os apóstolos porque, tal como os ramos são o ornamento natural da árvore, assim os apóstolos são o ornamento da Igreja de Jesus Cristo pela beleza da graça que receberam. E diz-se que nestes ramos habitam os pássaros do céu. Alegoricamente os pássaros do céu designam-nos a nós que, vindo à Igreja de Jesus Cristo, descansamos sobre o ensino dos apóstolos como os pássaros sobre os ramos.
Carta aos Hebreus 11,1-2.8-19.
Ora a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se vêem. Foi por ela que os antigos foram aprovados. Pela fé, Abraão, ao ser chamado, obedeceu e partiu para um lugar que havia de receber como herança e partiu sem saber para onde ia. Pela fé, estabeleceu-se como estrangeiro na Terra Prometida, habitando em tendas, tal como Isaac e Jacob, coherdeiros da mesma promessa, pois esperava a cidade bem alicerçada cujo arquitecto e construtor é o próprio Deus. Pela fé, também Sara, apesar da sua avançada idade, recebeu a possibilidade de conceber porque considerou fiel aquele que lho tinha prometido. Por isso de um só homem e já marcado pela morte, nasceu uma multidão tão numerosa como as estrelas do céu e incontável como a areia da beira-mar. Foi na fé que todos eles morreram, sem terem obtido os bens prometidos, mas tendo-os somente visto e saudado de longe, confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a Terra. Ora os que assim falam, mostram que procuram uma pátria. Se eles tivessem pensado naquela que tinham deixado, teriam tido oportunidade de lá voltar; mas agora eles aspiram a uma pátria melhor, isto é, à pátria celeste. Por isso, Deus não se envergonha de ser chamado o «seu Deus» porque preparou para eles uma cidade. Pela fé, Abraão, quando foi posto à prova, ofereceu Isaac e estava preparado para oferecer o seu único filho, ele que tinha recebido as promessas e a quem tinha sido dito: Por meio de Isaac será assegurada a tua descendência. De facto, ele pensava que Deus tem até poder para ressuscitar os mortos; por isso, numa espécie de prefiguração, recuperou o seu filho.
Lucas 1,69-70.71-72.73-75.
e nos deu um Salvador poderoso da casa de David, seu servo, conforme prometeu pela boca dos seus santos, os profetas dos tempos antigos; para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam, para mostrar a Sua misericórdia a favor dos nossos pais, recordando a sua sagrada aliança;
e o juramento que fizera a Abraão, nosso pai, que nos havia de conceder esta graça: de o servirmos um dia, sem temor, livres das mãos dos nossos inimigos, em santidade e justiça, na sua presença, todos os dias da nossa vida.
Evangelho segundo S. Marcos 4,35-41.
Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.» Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava e havia outras embarcações com Ele. Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento e as ondas arrojavam-se contra o barco de forma que este já estava quase cheio de água. Jesus Cristo, à popa, dormia sobre uma almofada. Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma. Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África)
e Doutor da Igreja Discursos sobre os salmos, PS 54,10; CCL 39, 664
«Ele falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: 'Cala-te'»
Estás no mar e surge uma tempestade. Não te resta senão gritar: «Salva-me, Senhor!» (Mt 14, 30) Ele estende-te a mão, O que anda sobre as ondas sem temor, que te remove o medo, que assenta n'Ele próprio a tua segurança, que te fala ao coração e te diz: «Pensa no que já suportei. Sofres por causa de um mau irmão, de um inimigo exterior? Não tive Eu também os meus? À minha volta, os que arreganhavam os dentes, mais perto de Mim, o discípulo que Me traiu».
É verdade, a tempestade causa estragos. Mas Jesus Cristo salva-nos «da pequenez da alma e da tempestade» (Sl 54, 9 LXX). O teu navio está agitado? Talvez seja porque em ti Jesus Cristo dorme. Sobre um mar furioso, o barco onde navegavam os discípulos estava agitado e, contudo Jesus Cristo dormia. Por fim, chegou o momento em que estes homens perceberam que estava com eles o Senhor. Aproximaram-se de Jesus Cristo, despertaram-n'O: Jesus Cristo mandou calar os ventos (pelo poder divino que possui) e fez-se uma grande calma.
O teu coração perturba-se com razão, se esqueces em Quem crês e o teu sofrimento torna-se insuportável, se tudo o que Jesus Cristo sofreu por ti permanece distante do teu espírito. Se não pensas em Jesus Cristo, Ele dorme. Desperta Jesus Cristo, recorre à tua fé porque Jesus Cristo dorme em ti quando te esqueces da Sua Paixão; se a recordas, Jesus Cristo vela por ti. Quando tiveres meditado com todo o teu coração no que Jesus Cristo sofreu, não suportarás com mais perseverança as tuas aflições? E talvez te sintas, com alegria, levemente semelhante ao teu Rei no sofrimento. Sim, quando estes pensamentos começarem a consolar-te e a dar-te alegria, saberás que foi Jesus Cristo que Se levantou e que mandou calar os ventos; daí a calma que se faz em ti. «Espero, diz um salmo, Aquele que me salvará da pequenez de alma e da tempestade».
Livro de Sofonias 2,3.3,12-13.
Procurai o Senhor, vós todos, os humildes da Terra que cumpris a Sua lei. Procurai a justiça, buscai a humildade: talvez assim acheis abrigo no dia da cólera do Senhor. Deixarei subsistir no meio de ti um povo pobre e humilde; eles procurarão refúgio no nome do Senhor. O resto de Israel não cometerá mais a iniquidade (= não-equidade) nem proferirá mentiras; não se achará mais na sua boca uma língua enganadora. Eles apascentarão e repousarão sem que ninguém os inquiete.
Livro de Salmos 146,7.8-9.10.
Ele é eternamente fiel à Sua palavra; salva os oprimidos,
dá pão aos que têm fome; o SENHOR liberta os prisioneiros.
O SENHOR dá vista aos cegos, o SENHOR levanta os abatidos;
o SENHOR ama o homem justo.
O SENHOR protege os que vivem em terra estranha e ampara
o órfão e a viúva, mas entrava o caminho aos pecadores.
O SENHOR reinará eternamente!
O teu Deus, ó Sião, reinará por todas as gerações!
1ª Carta aos Coríntios 1,26-31.
Considerai, pois, irmãos, a vossa vocação: humanamente falando, não há entre vós muitos sábios, nem muitos poderosos, nem muitos nobres. Mas o que há de louco no mundo é que Deus escolheu para confundir os sábios; e o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte. O que o mundo considera vil e desprezível é que Deus escolheu; escolheu os que nada são, para reduzir a nada aqueles que são alguma coisa. Assim, ninguém se pode vangloriar diante de Deus. É por Ele que vós estais em Cristo Jesus que se tornou para nós sabedoria que vem de Deus, justiça, santificação e redenção a fim de que, como diz a Escritura, aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.
Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12.
Ao ver a multidão, Jesus Cristo subiu a um monte (exactamente para falar à multidão). Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele (como séquito). Então tomou a palavra e começou a ensiná-los (à multidão; não aos discípulos. Não precisava de ensinar os discípulos diante da multidão; eles estavam sempre com Ele), dizendo: «Felizes os pobres em espírito (os eternamente aprendizes) porque deles é o Reino do Céu. Felizes os que choram porque serão consolados. Felizes os mansos porque possuirão a Terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados. Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração (sem maldade) porque verão a Deus. Felizes os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça (por exemplo os contra o despotismo) porque deles é o Reino do Céu. Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós por minha causa. (sereis felizes; conhecereis a felicidade) Exultai e alegrai-vos porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo Sermão 71, para a festa de Todos os Santos
(a partir da trad. Cerf. 1991, p. 573 rev.)
«Felizes os que choram porque serão consolados»
«Ao ver a multidão, Jesus Cristo subiu a um monte [...] e começou a ensiná-los» A montanha a que Jesus Cristo subiu foi a da Sua própria felicidade e a da Sua essência, na qual Ele é um com Seu Pai. E foi seguido por uma grande multidão: é a multidão dos santos cuja festa se celebra hoje; todos O seguiram, cada um de acordo com a vocação a que Deus o chamou. Nisso devemos imitá-los, prestando antes de mais atenção à nossa vocação para nos assegurarmos daquilo a que Deus nos chama e seguir então esta chamada. [...]
Chegado ao cimo da montanha, Jesus Cristo começou a falar e proclamou as oito bem-aventuranças. [...] «Felizes os pobres em espírito porque deles é o Reino do Céu.» A primeira virtude é a pobreza espiritual porque ela é o início e a base de toda a perfeição. Veremos esta questão de todas as formas; no fundo, será sempre necessário que o homem seja despojado, desamarrado, livre, pobre e desligado de toda a riqueza para que Deus realmente conclua a Sua obra. O homem tem de se desembaraçar de todo e qualquer laço; somente assim Deus poderá estar com ele. [...]
«Felizes os mansos porque possuirão a Terra» por toda a eternidade. Dá-se aqui um passo mais porque, pela verdadeira pobreza, libertamo-nos dos obstáculos, mas com a doçura penetramos mais nas profundezas, expulsamos toda a amargura, toda a irritabilidade e toda a imprudência. [...] Para quem é manso, nada é amargo. Para os que são bons, também tudo é bom; tudo vem do seu fundo bom e puro. [...] Quem é manso possui a Terra, residindo na paz, aconteça-lhe o que lhe acontecer. Mas, se não agires assim, perderás simultaneamente esta virtude e a paz e poder-se-á dizer de ti que és um quezilento e comparar-te a um cão tinhoso.
«Felizes os que choram [...].» Quem são por conseguinte estes que choram? Num certo sentido, são os que sofrem; noutro, são os que choram os seus pecados. Mas os nobres amigos de Deus, que neste aspecto são os mais felizes de todos, terminaram de chorar os seus pecados [...] e, contudo não deixam de chorar: choram os pecados e as faltas do seu próximo. [...] E assim, os verdadeiros amigos de Deus choram devido à cegueira e à miséria dos pecados do mundo.
Carta aos Hebreus 11,32-40.
Que mais direi? Faltar-me-ia o tempo se quisesse falar acerca de Gedeão, Barac, Sansão, Jefté, David e Samuel e dos profetas, os quais, pela fé, conquistaram reinos, exerceram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza, recobraram a força, tornaram-se fortes na guerra e puseram em fuga exércitos estrangeiros. Algumas mulheres recuperaram os seus mortos por meio da ressurreição. Alguns foram torturados, não querendo aceitar a libertação para obterem uma ressurreição melhor; outros sofreram a prova dos escárnios e dos flagelos, das cadeias e da prisão. Foram apedrejados, serrados ao meio, mortos ao fio da espada; andaram errantes cobertos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, atribulados e maltratados; homens de quem o mundo não era digno, andaram vagueando pelos desertos, pelos montes, pelas grutas e pelas cavidades da Terra. E todos estes, apesar de terem recebido um bom testemunho, graças à sua fé; não alcançaram a realização da promessa porque Deus tinha previsto algo de melhor para nós, de modo que eles não alcançassem a perfeição sem nós.
Livro de Salmos 31,20.21.23.24.
Como é grande, SENHOR, a bondade que reservas
para os que Te são fiéis! Tu a concedes, à vista de todos,
àqueles que em Ti confiam.
Ao Teu abrigo, Tu os guardas das intrigas dos homens;
na Tua tenda os defendes contra as línguas maldizentes.
Na minha ansiedade, eu dizia: "Fui banido da Tua presença."
Tu, porém, ouviste o brado da minha súplica,
quando eu Te invoquei. Amai o SENHOR, todos vós,
que sois Seus amigos! O SENHOR protege os Seus fiéis,
mas castiga com rigor os orgulhosos.
Evangelho segundo S. Marcos 5,1-20.
Chegaram à outra margem do mar, à região dos gerasenos. Logo que Jesus Cristo desceu do barco, veio ao seu encontro, saído dos túmulos, um homem possesso de um espírito maligno. Tinha nos túmulos a sua morada e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com uma corrente, pois já fora preso muitas vezes com grilhões e correntes e despedaçara os grilhões e quebrara as correntes; ninguém era capaz de o dominar. Andava sempre, dia e noite, entre os túmulos e pelos montes, a gritar e a ferir-se com pedras. Avistando Jesus Cristo ao longe, correu, prostrou-se diante d'Ele e disse em alta voz: «Que tens a ver comigo, ó Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te, por Deus, que não me atormentes!» Efectivamente, Jesus Cristo dizia: «Sai desse homem, espírito maligno.» Em seguida, perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?» Respondeu: «O meu nome é Legião porque somos muitos.» E suplicava-lhe insistentemente que não o expulsasse daquela região. Ora ali próximo do monte, andava a pastar uma grande vara de porcos. E os espíritos malignos suplicaram a Jesus Cristo: «Manda-nos para os porcos, para entrarmos neles.» Jesus Cristo consentiu. Então os espíritos malignos saíram do homem e entraram nos porcos e a vara, cerca de uns dois mil, precipitou-se do alto no mar e ali se afogou. Os guardas dos porcos fugiram e levaram a notícia à cidade e aos campos. As pessoas foram ver o que se passara. Ao chegarem junto de Jesus Cristo, viram o possesso sentado, vestido e em perfeito juízo, ele que estivera possuído de uma legião; e ficaram cheias de temor. As testemunhas do acontecimento narraram-lhes o que tinha sucedido ao possesso e o que se passara com os porcos. Então, pediram a Jesus Cristo que se retirasse do seu território. Jesus Cristo voltou para o barco e o homem que fora possesso suplicou-lhe que o deixasse andar com Ele. Não lho permitiu. Disse-lhe antes: «Vai para tua casa, para junto dos teus e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti e como teve misericórdia de ti.» Ele retirou-se, começou a apregoar na Decápole o que Jesus Cristo fizera por ele e todos se maravilhavam. Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997),
fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade «No Greater Love»
(a partir da trad. de «Il n'y a pas de plus grand amour», Lattès 1997, p. 26)
«O homem que fora possesso suplicou-Lhe que o deixasse andar com Ele. [...] Disse-lhe antes: 'Vai para tua casa, para junto dos teus e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti'»
Somos chamados a amar o mundo. E Deus amou de tal forma o mundo que lhe deu Jesus Cristo (Jo 3, 16). Hoje Ele ama de tal forma o mundo que nos dá ao mundo, a ti e a mim, para que sejamos o Seu amor, a Sua compaixão e a Sua presença através de uma vida de oração, de sacrifícios e de entrega. A resposta que Deus espera de ti é que te tornes contemplativo, que sejas contemplativo.
Tomemos a palavra de Jesus Cristo a sério e sejamos contemplativos no coração do mundo porque, se temos fé, estamos perpetuamente na Sua presença. Pela contemplação, a alma bebe directamente do coração de Deus as graças que a vida activa está encarregada de distribuir. As nossas vidas devem estar unidas a Jesus Cristo vivo que está em nós. Se não vivermos na presença de Deus, não podemos perseverar.
O que é a contemplação? É viver a vida de Jesus Cristo. É assim que a compreendo. Amar Jesus Cristo, viver a Sua vida no âmago da nossa e viver a nossa no seio da Sua. [...] A contemplação não ocorre por nos fecharmos num quarto obscuro, mas por permitirmos a Jesus Cristo que viva a Sua Paixão, o Seu amor, a Sua humildade em nós, que reze connosco, que esteja connosco e que santifique através de nós. A nossa vida e a nossa contemplação são unas. Não é uma questão de fazer, mas de ser. De facto, trata-se da plena fruição do nosso espírito pelo Espírito Santo, que derrama em nós a plenitude de Deus e nos envia a toda a Criação como mensagem Sua, pessoal, de amor (Mc 16, 15).
Carta aos Hebreus 12,1-4.
Deste modo, também nós, circundados como estamos de tal nuvem de testemunhas, deixando de lado todo o impedimento e todo o pecado, corramos com perseverança a prova que nos é proposta, tendo os olhos postos em Jesus Cristo, autor e consumador da fé. Ele, renunciando à alegria que lhe fora proposta, sofreu a cruz, desprezando a ignomínia e sentou-se à direita do trono de Deus. Considerai, pois aquele que sofreu tal oposição por parte dos pecadores para que não desfaleçais, perdendo o ânimo. Ainda não resististes até ao sangue na luta contra o pecado.
Livro de Salmos 22(21),26-27.28.30.31-32.
De ti vem o meu louvor na grande assembleia;
cumprirei os meus votos na presença dos Teus fiéis.
Os pobres comerão e serão saciados;
louvarão o SENHOR, os que O procuram.
"Vivam para sempre os vossos corações."
Hão-de lembrar-se do SENHOR e voltar-se
para Ele todos os confins da Terra; hão-de prostrar-se
diante d'Ele todos os povos e nações.
Diante d'Ele hão-de prostrar-se todos os grandes da Terra;
diante d'Ele hão-de inclinar-se todos os que descem
ao pó e assim deixam de viver.
Uma nova geração O servirá e narrará
aos vindouros as maravilhas do Senhor;
ao povo que vai nascer dará a conhecer
a Sua justiça, contará o que Ele fez.
Evangelho segundo S. Marcos 5,21-43.
Depois de Jesus Cristo ter atravessado, no barco, para a outra margem, reuniu-se uma grande multidão junto d'Ele, que continuava à beira-mar. Chegou, então, um dos chefes da sinagoga, de nome Jairo, e, ao vê-lo, prostrou-se a seus pés e suplicou instantemente: «A minha filha está a morrer; vem impor-lhe as mãos para que se salve e viva.» Jesus Cristo partiu com ele, seguido por numerosa multidão, que O apertava. Certa mulher, vítima de um fluxo de sangue havia doze anos, que sofrera muito nas mãos de muitos médicos e gastara todos os seus bens sem encontrar nenhum alívio, antes piorava cada vez mais, tendo ouvido falar de Jesus Cristo, veio por entre a multidão e tocou-lhe, por detrás, nas vestes, pois dizia: «Se ao menos tocar nem que seja as suas vestes, ficarei curada.» De facto, no mesmo instante se estancou o fluxo de sangue e sentiu no corpo que estava curada do seu mal. Imediatamente Jesus Cristo, sentindo que saíra d'Ele uma força (a Sua aura enfraqueceu porque se transferiu para ela que devia ter na altura uma aura muito fraquinha), voltou-se para a multidão e perguntou: «Quem tocou as minhas vestes?» Os discípulos responderam: «Vês que a multidão te comprime de todos os lados e ainda perguntas: 'Quem me tocou?’» Mas Ele continuava a olhar em volta para ver aquela que tinha feito isso. Então a mulher, cheia de medo e a tremer, sabendo o que lhe tinha pedido e acontecido, foi prostrar-se diante d'Ele e disse toda a verdade. Disse-lhe Ele: «Filha, a tua fé salvou-te; vai em paz e sê curada do teu mal.» Ainda Ele estava a falar quando, da casa do chefe da sinagoga, vieram dizer: «A tua filha morreu; de que serve agora incomodares o Mestre?» Mas Jesus Cristo, que surpreendera as palavras proferidas, disse ao chefe da sinagoga: «Não tenhas receio; crê somente.» E não deixou que ninguém O acompanhasse a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. Ao chegar a casa do chefe da sinagoga, encontrou grande alvoroço e gente a chorar e a gritar. Entrando, disse-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu, está a dormir.» Mas faziam troça d'Ele (gente de cerviz dura!). Jesus Cristo pôs fora aquela gente e, levando consigo apenas o pai, a mãe da menina e os que vinham com Ele, entrou onde ela jazia. Tomando-lhe a mão, disse: «Talitha qûm!», isto é, «Menina, sou Eu que te digo: levanta-te!» E logo a menina se ergueu e começou a andar, pois tinha doze anos. Todos ficaram assombrados. Recomendou-lhes vivamente que ninguém soubesse do sucedido e mandou dar de comer à menina.
São Jerónimo (347-420), presbítero,
tradutor da Bíblia, Doutor da Igreja Homilias sobre o Evangelho de São Marcos, n°3
(a partir da trad. SC 494, p. 129 rev.)
«Levanta-te»
«Tomando-lhe a mão, disse: 'Talitha qûm', que significa: 'Menina [...], levanta-te!'» «Porque nasceste segunda vez, serás chamada 'menina'. Menina, levanta-te por Mim, não porque o mereças, mas pela acção da Minha graça. Levanta-te portanto por Mim: a tua cura não provém da tua força.» «E logo a menina se levantou e começou a andar.» Que Jesus Cristo nos toque, a nós também, e logo começaremos a andar. Embora estejamos paralisados, embora as nossas obras sejam más e não possamos andar, embora estejamos deitados no leito dos nossos pecados [...], se Jesus Cristo nos tocar, ficaremos imediatamente curados. A sogra de Pedro estava atormentada pela febre: Jesus Cristo tocou-lhe com a mão, ela levantou-se e serviu-O imediatamente (Mc 1, 31). [...]
«Todos ficaram assombrados. Recomendou-lhes vivamente que ninguém soubesse do sucedido.» Eis a razão porque Ele mandou sair toda aquela multidão para fazer um milagre. Ele mandou e não só mandou, mas ordenou que ninguém soubesse. Ele ordenou aos três apóstolos e ordenou também aos pais que ninguém soubesse. O Senhor ordenou a todos, mas a menina não pôde ficar calada, ela que se tornou a levantar.
«E mandou dar de comer à menina» para que a sua ressurreição não fosse considerada como a aparição de um fantasma. E Ele próprio, depois da Sua ressurreição, comeu peixe e um bolo de mel (Lc 24, 42). [...] Suplico-te, Senhor, que também a nós que estamos deitados, nos toques com a Tua mão; levanta-nos do leito dos nossos pecados e põe-nos a andar. Quando estivermos a andar, manda darem-nos de comer. Deitados, não podemos comer; se não estivermos levantados, não seremos capazes de receber o Corpo de Jesus Cristo.
Livro de Malaquias 3,1-4.
«Eis que Eu vou enviar o meu mensageiro a fim de que ele prepare o caminho à minha frente. E imediatamente entrará no seu santuário o Senhor, que vós procurais, e o mensageiro da aliança, que vós desejais. Ei-lo que chega! – diz o Senhor do universo. Quem suportará o dia da sua chegada? Quem poderá resistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor e como a barrela das lavadeiras. Ele sentar-se-á como fundidor e purificador. Purificará os filhos de Levi e os refinará como se refinam o ouro e a prata e assim eles serão para o Senhor os que apresentam a oferta legítima. Então a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor como nos dias antigos, como nos anos de outrora.
Livro de Salmos 24,7.8.9.10.
Ó portas, levantai os vossos umbrais!
Alteai-vos, pórticos eternos, que vai entrar o rei glorioso.
Quem é esse rei glorioso? É o SENHOR, poderoso herói,
o SENHOR, herói na batalha.
Ó portas, levantai os vossos umbrais!
Alteai-vos, pórticos eternos, que vai entrar o rei glorioso.
Quem é Ele, esse rei glorioso? É o Senhor do universo!
É Ele, o rei glorioso.
Evangelho segundo S. Lucas 2,22-40.
Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor» e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas. Ora vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus Cristo a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito. Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a Tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo porque os meus olhos viram a Salvação que ofereceste a todos os povos, Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.» Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia d'Ele. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a Sua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.» Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações. Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria e a graça de Deus estava com Ele.
Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo Homilias sobre o Evangelho de São Lucas, n.º 15
(a partir da trad. SC 87, p. 233, rev.)
«Ir em paz»
«Uma mulher tocou na orla do manto de Jesus Cristo e ficou curada» (Mt 9, 20). Se esta mulher, ao tocar a extremidade do Seu manto, daí retirou tantos benefícios, o que dizer de Simeão, que «O tomou nos braços» e, tomando-O, deu largas à sua alegria vendo que segurava a criança vinda ao mundo para libertar os cativos (Lc 4, 18) e que ele próprio se veria em breve liberto dos laços do corpo? Simeão sabia que ninguém podia fazer sair fosse quem fosse da prisão do corpo com os olhos postos na vida futura a não ser Aquele que segurava nos seus braços. E assim se dirige a Ele: «Agora, Senhor, deixarás ir em paz o Teu servo porque todo o tempo que não tive a Cristo, todo o tempo que O não apertei nos meus braços, estive prisioneiro e não pude sair desses laços».
De resto, não é só acerca de Simeão, mas de todo o género humano, que temos de entender estas palavras. Se alguém deixa este mundo, se alguém se liberta desta prisão e desta morada de cativos para alcançar a realeza, que pegue em Jesus Cristo com as suas mãos e O aconchegue nos seus braços; que O tenha todo junto ao coração e assim, doido de alegria, se dirija aonde quiser.
Carta aos Hebreus 12,18-19.21-24.
Na verdade, não vos aproximastes de uma realidade palpável, de fogo ardente, das trevas, da obscuridade ou da tempestade, nem do som da trombeta ou do ruído das palavras, cujos ouvintes pediam que não se lhes falasse mais e o espectáculo era tão terrível que Moisés disse: Estou apavorado e a tremer. Vós, porém, aproximastes-vos do monte Sião e da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celeste, de miríades de anjos, da reunião festiva, da assembleia dos primogénitos inscritos nos céus, do juiz que é o Deus de todos, dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição, de Jesus Cristo, o Mediador da Nova Aliança, e de um sangue de aspersão que fala melhor que o de Abel.
Livro de Salmos 48(47),2-3.4.9.10-11.
Grande é o SENHOR e digno de louvor,
na cidade do nosso Deus, no Seu monte santo.
Belo em altura, alegria de toda a Terra, o monte Sião,
nas alturas do Norte, é a cidade do grande rei.
No meio das Suas fortalezas,
Deus mostrou um refúgio seguro.
Como nos contaram, assim o vimos,
na cidade do SENHOR do universo,
na cidade do nosso Deus.
Meditamos, ó Deus, sobre o Teu amor,
no interior do Teu templo.
Como o Teu nome, ó Deus, assim o Teu louvor
chega aos confins da Terra;
a Tua direita está cheia de justiça.
Evangelho segundo S. Marcos 6,7-13.
Chamou os Doze, começou a enviá-los dois a dois e deu-lhes poder sobre os espíritos malignos. Ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser um cajado: nem pão, nem alforge, nem dinheiro no cinto; que fossem calçados com sandálias e não levassem duas túnicas (para passarem despercebidos e não despertarem a cobiça de ninguém, pondo assim a sua vida em perigo, se a despertassem). E disse-lhes também: «Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali. E se não fordes recebidos numa localidade, se os seus habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés, em testemunho contra eles.» Eles partiram e pregavam o arrependimento, expulsavam numerosos demónios, ungiam com óleo muitos doentes e curavam-nos.
São Francisco de Assis (1182-1226), fundador dos frades menores Primeira Regra, §§ 8-9 (a partir da trad. Desbonnets et Vorreux, Documentos, pp. 62-64 rev.)
«Nem dinheiro no cinto»
O Senhor ordena no Evangelho: Evitai cuidadosamente as preocupações deste mundo e as preocupações materiais (cf Mt 6, 25). É por isso que um irmão, quer pernoite numa casa ou esteja em viagem, não deve de modo nenhum aceitar para si ou mandar que aceitem por sua conta, nem moedas de ouro nem moedas pequenas, nem para comprar vestuário ou livros, nem à laia de salário por qualquer trabalho (“todo o trabalhador tem direito ao seus salário”), nem sob qualquer pretexto, excepto em caso de necessidade evidente para os irmãos enfermos porque não devemos considerar o ouro e as moedas como sendo mais úteis ou preciosos que as pedras. O diabo tenta cegar aqueles que cobiçam o dinheiro ou que lhe atribuem mais valor do que às pedras. Nós que deixámos tudo, não vamos perder por tão pouca coisa o Reino dos Céus (Mc 10, 24.28). Se por acaso encontrarmos alguma moeda, não lhe prestemos mais atenção do que à poeira que pisamos: pois isso é vaidade das vaidades e tudo é vaidade (Eccl 1, 2). [...]
Todos os irmãos se aplicarão a seguir a humildade e a pobreza de Nosso Senhor Jesus Cristo. [...] Devem regozijar-se quando se encontram no meio de pessoas de baixa condição e desprezadas, entre os pobres e os enfermos, os doentes e os leprosos e os pedintes das ruas. Se for necessário, irão mendigar. Que não se envergonhem: devem lembrar-se de que Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo e todo-poderoso [...], foi pobre e sem abrigo e viveu de esmolas, tanto Ele como a bem aventurada Virgem Maria e os Seus discípulos. ♥
mailto:eu.maria.figueiras@gmail.com

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