domingo, 16 de janeiro de 2011

Cristianismo 2

Os meus blogues
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Lagos no coração-3
Lagos no coração
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Cristianismo
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http://www.institutosacarneiro.pt/ “Europa” - Maria de Portugal
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2010 superou 2009, para mim e 2011 tem expectativas de superar 2010 o que me deixa muito feliz. Tenho praticamente publicado o meu primeiro livro – Século XV – Lagos Henriquina e pós-Henriquina que tenho divulgado em vários portais. Este livro tem preço de venda – 12€ e uma edição de 550 exemplares e é a chiadoeditora@gmail.com que devem contactar. Conto convosco para que esgote num instante. Modéstia aparte sei que é um trabalho excelente e com bastante nova informação que vai muito para além da história de Lagos, sendo Lagos apenas o átomo da vida nacional e internacional que perpassa os anos quatrocentos até à revolução industrial que estabelece um novo patamar na história universal, no século XIX.
Partindo de LAGOS, é um novo patamar que se escreve na história universal – os Descobrimentos e o início da era do comércio internacional – que vão modificar o mundo, mas foi em LAGOS que tudo começou!
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From Chiado Editora site:
“Dear International Colleagues, Welcome to our Foreign Rights page. Feel free to browse our online catalogues by categories of your interest. You can access additional information for each of our publications by clicking on its title.If you are interested in considering any of our books for translation, please do not hesitate to send us any translation query to the e-mail: foreignrights.chiado@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar. We look forward to working with you.Kind regards,
Your Foreign Right Team”
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= CRISTIANISMO =
Eis-nos de volta ao tempo comum, o tempo da nossa caminhada.
“Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo”, recorda-nos hoje S. Marcos. E acrescenta: “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”.
Há quase dez anos (faltam poucos meses) que este serviço se dedica a divulgar o Evangelho do dia, num apelo à conversão. Um a um, de boca a orelha, de computador a computador, os nossos leitores têm assumido o papel de arautos, de transmissores da Boa Nova. Mas, como diria o nosso saudoso Papa João Paulo II, “Isso não chega”. É preciso ir mais longe, a mais computadores, a mais orelhas, a mais corações.
Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo, que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.
Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: www.evangelhoquotidiano.org; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
O serviço está agora disponível em 10 línguas: português, espanhol, francês, inglês, alemão, neerlandês, italiano, polaco, árabe e arménio.
1ª Carta de S. João 4,11-18.
Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros. A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o Seu amor chegou à perfeição em nós. Damos conta de que permanecemos n'Ele e Ele em nós, por nos ter feito participar do seu Espírito. Nós O contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Quem confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece n'Ele e ele em Deus. Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos n'Ele. Deus é amor (Afectos bons) e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. É nisto que em nós o amor se mostra perfeito: em estarmos cheios de confiança no dia do juízo, pelo facto de sermos neste mundo como Ele foi. No amor não há temor; pelo contrário, o perfeito amor lança fora o temor; de facto, o temor pressupõe castigo e quem teme não é perfeito no amor.
Livro de Salmos 72(71),1-2.10-13.
Ó Deus, concede ao rei a tua rectidão e a tua justiça ao filho do reipara que julgue o Teu povo com justiça e os Teus pobres com equidade.Os reis de Társis e das ilhas oferecerão tributos; os reis de Sabá e de Seba trarão suas ofertas.
Todos os reis se prostrarão diante d'Ele; todas as nações O servirão.Ele socorrerá o pobre que O invoca e o indigente que não tem quem o ajude.Terá compaixão do humilde e do pobre e salvará a vida dos oprimidos.
Evangelho segundo S. Marcos 6,45-52.
Jesus Cristo obrigou logo os seus discípulos a subirem para o barco e a irem à frente para o outro lado, rumo a Betsaida, enquanto Ele próprio despedia a multidão. Depois de os ter despedido, foi orar para o monte. Era já noite, o barco estava no meio do mar e Ele sozinho em terra. Vendo-os cansados de remar porque o vento lhes era contrário, foi ter com eles de madrugada, andando sobre o mar e fez menção de passar adiante, mas vendo-o andar sobre o mar, julgaram que fosse um fantasma e começaram a gritar, pois todos o viram e se assustaram. Mas Ele logo lhes falou: «Tranquilizai-vos, sou Eu: não temais!» A seguir subiu para o barco, para junto deles e o vento amainou. E sentiram um enorme espanto, pois ainda não tinham entendido o que se dera com os pães: tinham o coração endurecido. Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), presbítero,
fundador de comunidade religiosa, teólogo «Lead, kindly Light», Verses on Various Occasions
«Ele veio até eles caminhando sobre o mar»
Guia, terna Luz, no meio destas trevas, guia-me mais longe. A noite é sombria e eu estou longe da minha casa, guia-me mais longe. Guarda os meus passos: que me importa ver o horizonte distante? Um único passo me basta. Nem sempre Te pedi como hoje para seres assim Tu o meu Guia. Gostaria então de escolher e conhecer o meu caminho; doravante sê o meu Guia. Eu amava o brilho do dia; apesar dos meus medos o orgulho dominava a minha vida: esquece todo esse passado. Muitas vezes, estou certo, o Teu poder me abençoou, apenas para ser meu Guia por entre pântanos e marés e rochas e torrentes, enquanto dura a noite. E com a manhã sorrir-me-ão aqueles rostos que sempre amei e que um dia perdi.
1ª Carta de S. João 4,19-21.5,1-4.
Nós amamos porque Ele nos amou primeiro. Se alguém disser: «Eu amo a Deus», mas tiver ódio ao seu irmão, esse é um mentiroso; pois aquele que não ama o seu irmão a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. E nós recebemos d'Ele este mandamento: quem ama a Deus, ame também o seu irmão. Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus e todo aquele que ama quem o gerou, ama também quem por Ele foi gerado. É por isto que reconhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e cumprimos os seus mandamentos; pois o amor de Deus consiste precisamente em que guardemos os seus mandamentos e os seus mandamentos não são uma carga porque todo aquele que nasceu de Deus, vence o mundo. E este é o poder vitorioso que venceu o mundo: a nossa fé.
Livro de Salmos 72,2.14-15.17.
para que julgue o teu povo com justiça e os teus pobres com equidade.Há-de livrá-los da opressão e da violência porque o seu sangue é precioso a seus olhos.
Enquanto viver, ser-lhe-á dado ouro de Sabá! Por ele hão-de rezar sempre e todos os dias será abençoado.
O Seu nome permanecerá pelos séculos e durará enquanto o Sol brilhar; todos n'Ele se sentirão abençoados.
Evangelho segundo S. Lucas 4,14-22.
Impelido pelo Espírito de Deus, Jesus Cristo voltou para a Galileia e a sua fama propagou-se por toda a região. Ensinava nas sinagogas e todos O elogiavam. Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» Depois enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura que acabais de ouvir.» Todos davam testemunho em Seu favor e se admiravam com as palavras repletas de graça que saíam da Sua boca. Diziam: «Não é este o filho de José?»
Santo Ireneu de Lion (c. 130-v. 208), bispo, teólogo e mártir Contra as heresias, III, 17 (a partir da trad. Cerf 19898, p. 356)
«O Espírito do Senhor está sobre Mim»
O Espírito do Senhor está sobre Mim porque Me ungiu» (Is 61, 1). Ele é o Espírito de quem o Senhor disse: «Não sereis vós que falareis, mas o Espírito do vosso Pai que falará em vós» (Mt 10, 20). Do mesmo modo, quando deu aos Seus discípulos o poder de fazer os homens renascerem em Deus, disse-lhes: «Ide, ensinai todas as nações, baptizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19). Com efeito Ele prometera através dos profetas difundir este Espírito sobre os Seus servos e servas nos últimos tempos, a fim de que eles profetizassem (Jl 3, 1-2).
Eis a razão por que este Espírito desceu sobre o Filho de Deus tornado Filho do Homem: deste modo, habituou-Se a partilhar o género humano, a repousar nos homens, a residir na obra moldada por Deus. Realizou neles a vontade do Pai e renovou-os fazendo-os trocar o seu antigo modo de vida pela novidade de Jesus Cristo.
1ª Carta de S. João 5,5-13.
E quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é Filho de Deus? Este, Jesus Cristo, é aquele que veio com água e com sangue e não só com a água, mas com a água e com o sangue. E é o Espírito quem dá testemunho porque o Espírito é a Verdade. Pois são três os que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue; e os três coincidem no mesmo testemunho. Se aceitamos o testemunho dos homens, maior é o testemunho de Deus e o testemunho de Deus está em que foi Ele a dar testemunho a respeito do seu Filho. Quem crê no Filho de Deus tem esse testemunho consigo. Quem não crê em Deus, faz de Deus mentiroso uma vez que não crê no testemunho que Deus deixou a favor do seu Filho. E este é o testemunho: Deus deu-nos a vida eterna e esta vida está no seu Filho. Quem tem o Filho de Deus tem a vida; quem não tem o Filho, também não tem a vida. Escrevi-vos estas coisas, a vós que credes no Nome do Filho de Deus, para que tenhais a certeza de ter convosco a vida eterna.
Livro de Salmos 147,12-13.14-15.19-20.
Glorifica, Jerusalém, o SENHOR;
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou os ferrolhos das tuas portas
e abençoou os teus filhos dentro de ti.
Ele estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor do trigo.
Ele manda as suas ordens à Terra
e a Sua Palavra corre velozmente.
Ele revela os Seus planos a Jacob,
os Seus preceitos e as Suas sentenças a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
não lhes deu a conhecer os Seus mandamentos.
Evangelho segundo S. Lucas 5,12-16.
Encontrando-se Jesus Cristo numa das cidades, apareceu um homem coberto de lepra. Ao ver Jesus Cristo, caiu com a face por terra e dirigiu-lhe esta súplica: «Senhor, se quiseres, podes purificar-me.» Jesus Cristo estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Quero, fica purificado.» E imediatamente a lepra o deixou. Ordenou-lhe, então, que a ninguém o dissesse; no entanto, acrescentou: «Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés ordenou para lhe servir de prova.» A sua fama espalhava-se cada vez mais, juntando-se grandes multidões para O ouvirem e para que os curasse dos seus males. Mas Ele retirava-se para lugares solitários e aí se entregava à oração.
São Boaventura (1221-1274), franciscano, Doutor da Igreja Vida de S. Francisco, Legenda Major, cap. 1
(a partir da trad. cf. Vorreux, Éds franciscaines 1951, p. 572)
«Jesus Cristo estendeu a mão e tocou-lhe» (Lc 5, 13)
Um dia em que Francisco rezava em solidão e, levado pelo fervor, estava todo absorvido em Deus, o Senhor apareceu-lhe na Cruz. A esta visão, «a sua alma derreteu-se» (Ct 5, 6) e a memória da Paixão de Jesus Cristo atingiu-o tão profundamente que a partir de então mal podia conter as lágrimas e os suspiros assim que se punha a pensar no Crucificado; ele próprio o confessou um dia, pouco tempo antes de morrer. E assim ficou a compreender que era a ele que eram dirigidas as palavras do Evangelho: «Se alguém quiser vir Comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me» (Mt 16, 24).
A partir de então, abandonou-se ao espírito de pobreza, ao sabor da humildade e aos rasgos duma profunda piedade. Enquanto que outrora não só a companhia, mas até a vista de um leproso, mesmo ao longe, o enchia de repugnância, daí em diante pôs-se a prestar-lhes todos os serviços possíveis com uma completa indiferença por si próprio, sempre humilde e todo humano, por causa de Jesus Cristo crucificado que, segundo as palavras do profeta, foi considerado e «desprezado como um leproso» (Is 53, 3-4).
1ª Carta de S. João 5,14-21.
Esta é a plena confiança que n'Ele temos: se lhe pedimos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele ouve-nos. E, dado que sabemos que nos vai ouvir em tudo o que lhe pedirmos, estamos seguros de que obteremos o que lhe pedimos. Se alguém vir que o seu irmão comete um pecado que não leva à morte, peça e dar-lhe-á vida. Não me refiro aos que cometem um pecado que não leva à morte; é que existe um pecado que conduz à morte; por esse pecado não digo que se reze. Toda a iniquidade é pecado, mas há pecados que não conduzem à morte. Nós bem sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca, mas o Filho de Deus o guarda e o Maligno não o apanha. E bem sabemos que somos de Deus, ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do Maligno. Bem sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro e nós estamos no Verdadeiro, no seu Filho, Jesus Cristo. Este é o Verdadeiro, é Deus e é vida eterna. Meus filhinhos, guardai-vos dos ídolos.
Livro de Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6.9.
Cantai ao SENHOR um cântico novo;
louvai-O na assembleia dos fiéis!
Alegre-se Israel no seu Criador;
regozije-se o povo de Sião no seu Rei!
Louvem o Seu nome com danças;
cantem-lhe ao som de harpas e tambores!
O SENHOR ama o Seu povo
e honra os humildes com a vitória!
Exultem de alegria os fiéis pelo triunfo de Deus
e cantem jubilosos em seus leitos!
Entoem bem alto os louvores a Deus,
com a espada de dois gumes na mão
para lhes aplicarem a sentença que estava
determinada. Esta é a glória de todos os Seus fiéis.
Evangelho segundo S. João 3,22-30.
Depois disto, Jesus Cristo foi com os seus discípulos para a região da Judeia e ali convivia com eles e baptizava. Também João estava a baptizar em Enon, perto de Salim, porque havia ali águas abundantes e vinha gente para ser baptizada. João, de facto, ainda não tinha sido lançado na prisão. Então levantou-se uma discussão entre os discípulos de João e um judeu, acerca dos ritos de purificação. Foram ter com João e disseram-lhe: «Rabi, aquele que estava contigo na margem de além-Jordão, aquele de quem deste testemunho, está a baptizar, e toda a gente vai ter com Ele.» João declarou: «Um homem não pode tomar nada como próprio, se isso não lhe for dado do Céu. Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: 'Eu não sou o Messias, mas apenas o enviado à Sua frente.' O esposo é aquele a quem pertence a esposa; mas o amigo do esposo, que está ao seu lado e o escuta, sente muita alegria com a voz do esposo. Pois esta é a minha alegria! E tornou-se completa! Ele é que deve crescer e eu diminuir.»
João Escoto Erígena (?-c. 870), beneditino irlandês Homilia sobre o Prólogo do Evangelho de João, cap. 16
(a partir da trad. SC 151, p. 281 rev.)
«Ele é que deve crescer e eu diminuir.»
«João não era a Luz, mas dava testemunho da Luz» (Jo 1, 8). O precursor da Luz não era a Luz. Então por que se lhe dá o nome da lamparina acesa (Jo 5, 35) e de estrela da manhã? Ele era uma lamparina acesa, uma lamparina que ilumina, mas o fogo com que ardia não era o seu, a luz com que brilhava não era a sua. Ele era a estrela da manhã, mas não era a fonte da sua própria luz; era a graça d'Aquele de Quem ele era o precursor que ardia e resplandecia nele. Ele não era a Luz, mas participava desta Luz; aquilo que brilhava nele e por ele não era dele. [...]
Com efeito, criatura alguma, por muito dotada de razão ou de inteligência que seja, é luz por si mesma, na sua própria substância; todas participam da Luz única e verdadeira, da Luz substancial que está em todas as coisas que a nossa inteligência vê brilhar.
Livro de Isaías 42,1-4.6-7.
«Eis o meu servo, que Eu amparo, o meu eleito, que Eu preferi. Fiz repousar sobre ele o meu espírito para que leve às nações a verdadeira justiça. Ele não gritará, não levantará a voz, não clamará nas ruas. Não quebrará a cana rachada, não apagará a mecha que ainda fumega. Anunciará com toda a fidelidade a verdadeira justiça. Não desanimará, nem desfalecerá, até estabelecer na Terra o direito, as leis que os povos das ilhas esperam d'Ele. Eu, o SENHOR, chamei-te por causa da justiça, segurei-te pela mão; formei-te e designei-te como aliança de um povo e luz das nações para abrires os olhos aos cegos, para tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão, os que vivem nas trevas.
Livro de Salmos 29(28),1-2.3-4.9-10.
Filhos de Deus, prestai ao SENHOR,
prestai ao SENHOR glória e honra.
Prestai ao Senhor a glória do Seu nome,
adorai o SENHOR no Seu átrio sagrado.
A voz do SENHOR ressoa sobre as águas,
o Deus glorioso faz ecoar o Seu trovão,
o SENHOR está sobre a vastidão das águas.
A voz do SENHOR é poderosa,
a voz do SENHOR é cheia de majestade.
A voz do SENHOR retorce os carvalhos,
despoja as árvores dos bosques.
No Seu santuário todos exclamam: "Glória!"
Para além do dilúvio, está sentado o SENHOR;
o SENHOR está sentado como Rei Eterno.
Livro dos Actos dos Apóstolos 10,34-38.
Então, Pedro tomou a palavra e disse: «Reconheço, na verdade, que Deus não faz acepção de pessoas, mas que, em qualquer povo, quem o adora e põe em prática a justiça, lhe é agradável. Enviou a Sua Palavra aos filhos de Israel, anunciando-lhes a Boa-Nova da paz, por Jesus Cristo, Ele que é o Senhor de todos. Sabeis o que ocorreu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: como Deus ungiu com o Espírito Santo e com o poder a Jesus de Nazaré, o qual andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo porque Deus estava com Ele.
Evangelho segundo S. Mateus 3,13-17.
Então, veio Jesus Cristo da Galileia ao Jordão ter com João para ser baptizado por ele. João opunha-se, dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por ti e Tu vens a mim?» Jesus Cristo, porém, respondeu-lhe: «Deixa por agora. Convém que cumpramos assim toda a justiça.» João, então, concordou. Uma vez baptizado, Jesus Cristo saiu da água e eis que se rasgaram os céus e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele (Jesus Cristo). E uma voz vinda do Céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu enlevo.»
Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma (?-c. 235), presbítero e mártir
Homilia do século IV para a Epifania, A Santa Epifania PG 10, 852
(a partir da trad. Orval et Delhougne, p. 336 rev.)
«No Qual pus todo o Meu enlevo»
Jesus Cristo, desceu do céu como o orvalho, deu-Se a conhecer como uma fonte, expandiu-Se como um rio (Os 6, 3; Jo 4, 14; 7, 38) e foi baptizado no Jordão. [...] A fonte inalcançável, da qual brota a vida para todos os homens (e mulheres) e que não tem fim, foi oculta por águas pobres e efémeras. Aquele que está presente em toda a parte, que de parte alguma Se encontra ausente, Aquele que é inalcançável pelos anjos e que é invisível aos homens, recebe o baptismo por Sua vontade. [...]
«E eis que se rasgaram os céus e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E uma voz vinda do Céu dizia: 'Este é o Meu Filho muito amado, no Qual pus todo o Meu enlevo'.» O bem-amado gera amor, a luz imaterial gera «a luz inacessível» (1Tim 6, 16). «Este é o Meu Filho muito amado». [...] Na arca de Noé, a pomba manifestou o amor de Deus pelos homens (Gn 8, 11). Nesta altura, o Espírito desceu sob a mesma forma, uma forma semelhante àquela que trouxe um ramo de oliveira e deteve-Se sobre Aquele de Quem deu testemunho. Por quê? Para que se compreendesse com certeza que se tratava efectivamente da voz do Pai [...]: «A voz do Senhor sobre as águas, o Deus da glória desencadeou o trovão, o Senhor sobre a massa das águas» (Sl 28, 3). O que diz esta voz? «Este é o Meu Filho muito amado, no Qual pus todo o Meu enlevo». É Aquele a quem chamam o Filho de José e é o Meu Filho único segundo Deus. «Este é o Meu Filho muito amado»: tem fome e alimentou numerosas multidões, sofre e consola aqueles que sofrem; não teve onde repousar a cabeça, mas tem o universo na Sua mão, sofre e cura as dores. Dão-Lhe bofetadas, mas Ele concede a liberdade ao mundo, trespassam-Lhe o lado, mas Ele reparou o lado de Adão.
Carta aos Hebreus 1,1-6.
Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos antigos, por meio dos profetas. Nestes dias, que são os últimos (vivia-se os tempos conturbados da mudança de paradigma – da escravatura para o feudalismo), Deus falou-nos por meio do Filho a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o mundo. Este Filho que é resplendor da Sua glória e imagem fiel da Sua substância e que tudo sustenta com a Sua palavra poderosa, depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas, tão superior aos anjos quanto superior ao deles é o nome que recebeu em herança. Com efeito, a qual dos anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei? E ainda: Eu serei para Ele um Pai e Ele será para mim um Filho? E de novo, quando introduz o Primogénito no mundo, diz: Adorem-n'O todos os anjos de Deus.
Livro de Salmos 97(96),1-2.6-7.9.
O SENHOR é Rei: alegre-se a Terra
e rejubile a multidão das ilhas!
Ele está rodeado de nuvens e escuridão;
a justiça e o direito são a base do Seu trono.
Os céus proclamam a justiça de Deus
e todos os povos contemplam a Sua grandeza.
Fiquem confundidos os que adoram ídolos,
os que se gloriam em divindades inúteis;
todas as divindades se prostram diante do Senhor.
Porque Tu, SENHOR, és soberano em toda a Terra,
estás muito acima de todas as divindades.
Evangelho segundo S. Marcos 1,14-20.
Depois de João ter sido preso, Jesus Cristo foi para a Galileia e proclamava o Evangelho de Deus, dizendo: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.» Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes Jesus Cristo: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens.» Deixando logo as redes, seguiram-no. Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco a consertar as redes e logo os chamou. E eles deixaram no barco seu pai Zebedeu com os assalariados e partiram com Ele.
Santa Teresa Benedita da Cruz Edith Stein (1891-1942),
carmelita, mártir, co-padroeira da Europa Das Weihnachtsgeheimnis
(a partir da trad. La Crèche et la croix, Ad Solem 1995, p. 35)
«Completou-se o tempo [....]. Vinde Comigo.»
O Menino do presépio é o Rei dos reis, Aquele que reina sobre a vida e a morte, Aquele que diz «Segue-Me» e que, quem não é por Ele é contra Ele (Lc 11, 23). E também no-lo diz a nós, colocando-nos perante a necessidade de escolher a luz (o dia) ou as trevas (a noite). Ignoramos onde pretende o Menino Deus conduzir-nos neste mundo e não nos compete perguntar antes do tempo. Sabemos apenas que todas as coisas concorrem para o bem dos que amam o Senhor (Rom 8, 28) e que os caminhos traçados pelo Senhor nos conduzem ao outro mundo (do Bem, da Vida com Afectos Bons, dos Afectos Bons).
Ao tomar corpo, o Criador do género humano oferece-nos a Sua natureza divina. Deus fez-Se homem para que os homens pudessem tornar-se filhos de Deus. «Oh admirável comércio!» Foi para isto que o Salvador veio ao mundo. Um de nós tinha quebrado o elo da nossa filiação divina, era um de nós que tinha de o restabelecer e de expiar a falta. Mas nenhum ramo da antiga árvore, doente e degenerada, teria capacidade para tal; era preciso que neste tronco fosse enxertada uma planta nova, sã e nobre. E assim Ele tornou-Se um de nós e simultaneamente mais do que isso: tornou-Se um connosco. É isso que o género humano tem de maravilhoso: o facto de sermos uma unidade. [...] Ele veio formar um corpo misterioso connosco, um corpo de que Ele é o chefe, a cabeça e nós os membros (Ef, 5, 23.30).
Se aceitarmos dar as mãos ao Menino Deus, se respondermos «Sim» ao Seu «Segue-Me», seremos Seus e teremos aberto o caminho para que a Sua vida divina passe por nós. É esse o começo da vida eterna em nós. Não é ainda a visão beatifica na luz da glória, estamos ainda na obscuridade da fé, mas já não é a obscuridade deste mundo – estamos já no Reino de Deus.
Carta aos Hebreus 2,5-12.
Deus não submeteu aos anjos o mundo futuro de que falamos. Mas alguém, em certo lugar, atesta, dizendo: Que é o homem para que te recordes dele ou o Filho do Homem para que cuides d'Ele? Fizeste-o por um pouco inferior aos anjos, coroaste-o de honra e de glória, submeteste tudo aos seus pés. Ora ao submeter-lhe tudo, nada deixou que não lhe estivesse sujeito. Contudo, ainda não vemos que tudo lhe esteja sujeito. Vemos, porém, Jesus Cristo que foi feito por um pouco inferior aos anjos, coroado de glória e de honra por causa da morte que sofreu a fim de que, pela graça de Deus, experimentasse a morte em favor de todos. Convinha, com efeito, que aquele por quem e para quem existem todas as coisas, querendo levar muitos filhos à salvação, levasse à perfeição, por meio dos sofrimentos, o autor da sua salvação. De facto, tanto o que santifica como os que são santificados, provêm todos de um só; razão pela qual não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: Anunciarei o teu nome aos meus irmãos, no meio da assembleia te louvarei.
Livro de Salmos 8,2.5.6-7.8-9.
Ó SENHOR, nosso Deus, como é admirável
o Teu nome em toda a Terra!
Adorarei a Tua majestade,
mais alta do que os céus.
Que é o homem para te lembrares dele,
o Filho do Homem para com ele te preocupares?
Quase fizeste d'Ele um ser divino;
de glória e de honra o coroaste.
Deste-lhe domínio sobre as obras das Tuas mãos,
tudo submeteste a seus pés:
rebanhos e gado, sem excepção,
e até mesmo os animais bravios;
as aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que percorre os caminhos do oceano.
Evangelho segundo S. Marcos 1,21-28.
Entraram em Cafarnaúm. Chegado o sábado, Jesus Cristo veio à sinagoga e começou a ensinar. E maravilhavam-se com o Seu ensinamento, pois os ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei. Na sinagoga deles, encontrava-se um homem com um espírito maligno que começou a gritar: «Que tens a ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus.» Jesus Cristo repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem.» Então, o espírito maligno, depois de o sacudir com força, saiu dele dando um grande grito. Tão assombrados ficaram que perguntavam uns aos outros: «Que é isto? Eis um novo ensinamento e feito com tal autoridade que até manda aos espíritos malignos e eles obedecem-lhe!» E a Sua fama logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
Catecismo da Igreja Católica, §§ 2851-2854
«Vieste para nos arruinar?»
«Mas livrai-nos do mal». Nesta petição, o Mal não é uma abstracção, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus. O «Diabo» («dia-bolos») é aquele que «se atravessa» no desígnio de Deus e na sua «obra de salvação» realizada em Jesus Cristo. «Assassino desde o princípio, [...] mentiroso e pai da mentira» (Jo 8, 44), «Satanás, que seduz o universo inteiro» (Ap 12, 9), foi por ele que (pelo egoísmo) o pecado e a morte entraram no mundo e é pela sua derrota definitiva que toda a criação será «liberta do pecado e da morte» (Missal Romano). «Sabemos que ninguém que nasceu de Deus peca porque o preserva Aquele que foi gerado por Deus e o Maligno assim, não o atinge. Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro está sujeito ao Maligno» (1 Jo 5, 18-19). [...]
A vitória sobre o «príncipe deste mundo» (Jo 14, 30) foi alcançada de uma vez para sempre, na «Hora» em que Jesus Cristo livremente Se entregou à morte para nos dar a Sua vida. Foi o julgamento deste mundo e o príncipe deste mundo foi «lançado fora» (Jo 12, 31). «Pôs-se a perseguir a Mulher» (Ap 12, 13-16), mas não logrou alcançá-la: a nova Eva, «cheia da graça» do Espírito Santo, foi preservada do pecado e da corrupção da morte [...]. Então «furioso contra a Mulher, foi fazer guerra contra o resto da sua descendência» (Ap 12, 17). Eis porque o Espírito e a Igreja rogam: «Vem, Senhor Jesus!» (Ap 22, 17.20), já que a Sua vinda nos libertará do Maligno.
Ao pedirmos para sermos libertados do Maligno, pedimos igualmente para sermos livres de todos os males, presentes, passados e futuros, dos quais ele é autor ou instigador. Nesta última petição, a Igreja leva à presença do Pai toda a desolação do mundo. Com a libertação dos males que pesam sobre a humanidade, a Igreja implora o dom precioso da paz e a graça da espera perseverante do regresso de Jesus Cristo. Orando assim, antecipa na humildade da fé a recapitulação de todos e de tudo n'Aquele que «tem as chaves da morte e da morada dos mortos» (Ap 1, 18), «Aquele que é, que era e que há-de vir, o Todo-Poderoso» (Ap 1, 8).
Carta aos Hebreus 2,14-18.
Pois tal como os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Ele partilhou a condição deles a fim de destruir, pela sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, e libertar aqueles que, por medo da morte, passavam toda a vida dominados pela escravidão. Ele, de facto, não veio em auxílio dos anjos, mas veio em auxílio da descendência de Abraão. Por isso, Ele teve de assemelhar-se em tudo aos seus irmãos para se tornar um Sumo Sacerdote misericordioso e fiel em relação a Deus a fim de expiar os pecados do povo. É precisamente porque Ele mesmo sofreu e foi posto à prova que pode socorrer os que são postos à prova.
Livro de Salmos 105(104),1-2.3-4.6-7.8-9.
Louvai o SENHOR, aclamai o Seu nome,
anunciai entre os povos as Suas obras.
Cantai-lhe hinos e salmos,
proclamai as Suas maravilhas.
Orgulhai-vos do Seu nome santo;
alegre-se o coração dos que procuram o SENHOR.
Recorrei ao SENHOR e ao Seu poder
e buscai sempre a Sua presença.
Vós, descendentes de Abraão, Seu servo,
filhos de Jacob, Seu escolhido.
Ele é o SENHOR, nosso Deus,
e governa sobre a Terra!
Ele recordará sempre a Sua aliança, a promessa
que jurou manter por mil gerações,
pacto que fez com Abraão e aquele
juramento que fez a Isaac.
Evangelho segundo S. Marcos 1,29-39.
Saindo da sinagoga, foram para casa de Simão e André, com Tiago e João. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo lhe (a Jesus Cristo) falaram dela. Aproximando-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. À noitinha, depois do sol-pôr, trouxeram-lhe todos os enfermos e possessos e a cidade inteira estava reunida junto à porta. Curou muitos enfermos atormentados por toda a espécie de males e expulsou muitos demónios; mas não deixava falar os demónios porque sabiam quem Ele era. De madrugada, ainda escuro, levantou-se e saiu; foi para um lugar solitário e ali se pôs em oração. Simão e os que estavam com Ele seguiram-n'O. E tendo-o encontrado, disseram-lhe: «Todos te procuram.» Mas Ele respondeu-lhes: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim.» E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.
Homilia do século V sobre a oração Erradamente atribuída a São João Crisóstomo; PG 64, 461
(a partir da trad. Breviário)
«Foi para um lugar solitário e ali Se pôs em oração»
O bem supremo é a oração, o encontro familiar com Deus. [...] A oração é a luz da alma, o verdadeiro conhecimento de Deus, a mediadora entre Deus e os homens. Por ela, a alma eleva-se ao céu e cinge-se a Deus num abraço inexprimível. Como uma criança chorando ao encontro da sua mãe, ela exprime a profundidade do seu desejo. Ela exprime a sua vontade profunda e recebe dádivas que ultrapassam toda a natureza visível. Porque a oração se apresenta como uma embaixadora poderosa, ela alegra, ela apazigua a alma.
Quando falo da oração, não imagines que se trata de palavras. Ela é um impulso para Deus, um amor indizível que não vem dos homens e do qual o apóstolo Paulo fala assim: «Não sabemos o que devemos pedir em nossas orações, mas é o próprio Espírito que intercede por nós com gemidos inefáveis» (Rom 8, 26). Uma oração assim, se Deus a concede a alguém, é para esse uma riqueza imutável, um alimento celeste que satisfaz a alma. Quem a provou é tomado por um desejo constante do Senhor, como um fogo devorador que lhe envolve o coração. ♥
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