quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cristianismo 1

2010 superou 2009, para mim e 2011 tem expectativas de superar 2010 o que me deixa muito feliz. Tenho praticamente publicado o meu primeiro livro – Século XV – Lagos Henriquina e pós-Henriquina que tenho divulgado em vários portais. Este livro tem preço de venda – 12€ e uma edição de 550 exemplares e é a chiadoeditora@gmail.com que devem contactar. Conto convosco para que esgote num instante. Modéstia aparte sei que é um trabalho excelente e com bastante nova informação que vai muito para além da história de Lagos, sendo Lagos apenas o átomo da vida nacional e internacional que perpassa os anos quatrocentos até à revolução industrial que estabelece um novo patamar na história universal, no século XIX.
Partindo de LAGOS, é um novo patamar que se escreve na história universal – os Descobrimentos e o início da era do comércio internacional – que vão modificar o mundo, mas foi em LAGOS que tudo começou!
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From Chiado Editora site:
“Dear International Colleagues, Welcome to our Foreign Rights page. Feel free to browse our online catalogues by categories of your interest. You can access additional information for each of our publications by clicking on its title.If you are interested in considering any of our books for translation, please do not hesitate to send us any translation query to the e-mail: foreignrights.chiado@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar . We look forward to working with you.Kind regards,
Your Foreign Right Team”
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= CRISTIANISMO =
"O Verbo encarnou e habitou entre nós", diz S. João no prólogo do seu Evangelho.
Neste Natal 2010 queremos dar graças a Deus por esta maravilha de se ter feito um de nós, para caminhar connosco e nos conduzir à felicidade para a qual fomos criados. Mas queremos agradecer-lhe também este chamamento que nos fez a sermos, dia a dia, arautos desta vinda, portadores deste Verbo junto de tantos e tantos dos Seus filhos.
Não podemos passar estas Festas sem partilhar convosco a alegria que irradia da gruta de Belém. Desejamo-vos um Santo e feliz Natal e que a Luz que iluminou as trevas brilhe nos vossos corações ao longo de todo o ano que se aproxima.
Com muita amizade saúda-vos toda a equipa do Evangelho Quotidiano em língua portuguesa.
P.S. Já ofereceram hoje o EAQ a algum amigo? Alguns deles estão mesmo à espera desse presente de Natal!...
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O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: www.evangelhoquotidiano.org; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
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1ª Carta de S. João 1,5-10.2,1-2.
Eis a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos: Deus é luz e n'Ele não há nenhuma espécie de trevas. Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Pelo contrário, se caminhamos na luz (no dia), como Ele, que está na luz (no dia); então temos comunhão uns com os outros e o sangue do seu Filho Jesus purifica-nos de todo o pecado. Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessamos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade (não-equidade). Se dizemos que não somos pecadores, fazemo-lo mentiroso e a Sua palavra não está em nós. Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos junto do Pai um advogado, Jesus Cristo, o Justo, pois Ele é a vítima que expia os nossos pecados e não somente os nossos, mas também os de todo o mundo.
Livro de Salmos 124(123),2-3.4-5.7-8.
Se o Senhor não estivesse do nosso lado
quando os homens se levantaram contra nós,
ter-nos-iam engolido vivos quando
a sua fúria ardia contra nós.
As águas ter-nos-iam submergido,
a torrente teria passado sobre nós.
Então, sim, teriam passado sobre nós
as águas turbulentas!
A nossa vida escapou como um pássaro do laço
de caçadores; rompeu-se o laço e nós libertámo-nos.
O nosso auxílio está no nome do SENHOR,
que fez o céu e a Terra.
Evangelho segundo S. Mateus 2,13-18.
Depois de partirem, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egipto e fica lá até que eu te avise; pois Herodes procurará o menino para o matar.» E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egipto, permanecendo ali até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciou pelo profeta: Do Egipto chamei o meu filho. Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território, da idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que, diligentemente, tinha inquirido dos magos. Cumpriu-se, então, o que o profeta Jeremias dissera: Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: É Raquel que chora os seus filhos e não quer ser consolada porque já não existem.
Eusébio Galicano (século V), monge, depois bispo Sermão 219; PL 39, 2150
(a partir da trad. Solesmes, Lectionnaire, t. 1, p. 1097 rev.)
«Onde está o Rei dos judeus, que acaba de nascer?» (Mt 2, 2)
Herodes, o rei traidor, enganado pelos magos, envia os seus esbirros a Belém e arredores para matar todas as crianças com menos de dois anos. [...] Nada porém conseguiste obter, bárbaro cruel e arrogante: podes fazer mártires, mas não conseguirás encontrar Jesus Cristo. O infeliz tirano estava convencido de que o advento do Senhor, nosso Salvador, o faria cair de seu trono real. Mas não foi assim, pois Jesus Cristo não tinha vindo usurpar a glória de outro, mas ofertar-nos a Sua. Ele não tinha vindo apoderar-Se de um reino terreno, mas dar-nos o Reino dos Céus. Ele não tinha vindo roubar dignidades, mas sofrer injúrias e sevícias. Ele não tinha vindo preparar a sagrada cabeça para um diadema de pedrarias, mas para uma coroa de espinhos. Ele não tinha vindo para se instalar gloriosamente acima dos ceptros, mas para ser ultrajado e crucificado.
Ao nascimento do Senhor, «o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele» (Mt 2, 3). Não é de espantar que a impiedade se perturbe com o nascimento da bondade. Eis que um homem que domina exércitos se assusta diante de uma criança deitada numa manjedoura, que um rei orgulhoso treme diante do humilde, que aquele que se veste de púrpura receia um pequenino envolto em panos. [...] Fingiu querer adorar Aquele que procurava destruir (Mt 2, 8). Mas a Verdade não receia as emboscadas da mentira. [...] A traição não consegue encontrar Jesus Cristo porque não é pela crueldade, mas pelo amor (Afectos Bons) que se deve procurar a Deus, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Ámen.
1ª Carta de S. João 2,3-11.
Sabemos que o conhecemos por isto: se guardamos os seus mandamentos. Quem diz: «Eu conheço-O», mas não guarda os Seus mandamentos é um mentiroso e a verdade não está nele; ao passo que quem guarda a Sua palavra, nesse é que o amor de Deus é verdadeiramente perfeito; por isto reconhecemos que estamos n'Ele. Quem diz que permanece em Deus também deve caminhar como Ele caminhou. Caríssimos, não vos escrevo um mandamento novo, mas um mandamento antigo que já tínheis desde o princípio: este mandamento antigo é a Palavra que ouvistes. É, contudo, um mandamento novo o que vos escrevo – o que é verdade nele e em vós – pois as trevas passaram e a luz verdadeira já brilha. Quem diz que está na luz, mas tem ódio a seu irmão, ainda está nas trevas. Quem ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. Mas quem tem ódio ao seu irmão está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai porque as trevas lhe cegaram os olhos.
Livro de Salmos 96(95),1-3.5-6.
Cantai ao SENHOR um cântico novo,
cantai ao SENHOR, Terra inteira!
Cantai ao SENHOR, bendizei o Seu nome,
proclamai, dia após dia, a Sua salvação.
Anunciai aos pagãos a Sua glória
e a todos os povos, as Suas maravilhas.
As divindades dos pagãos não valem nada;
foi o SENHOR quem criou os céus.
Na Sua presença há majestade e esplendor,
no Seu santuário há poder e beleza.
Evangelho segundo S. Lucas 2,22-35.
Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor» e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas. Ora vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus Cristo a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito. Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a Tua palavra, deixarás ir em paz o Teu servo porque meus olhos viram a Salvação que ofereceste a todos os povos, Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.» Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia d'Ele. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a Sua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.»
Santo Inácio de Antioquia (?-c. 110), bispo e mártir Carta aos Romanos, 5-7
(a partir da trad. Quéré, Les Pères apostoliques, Seuil 1980, p. 136)
«Agora, Senhor, segundo a Tua palavra, deixarás ir em paz o Teu servo»
Hoje, começo a ser discípulo. Que criatura alguma, visível ou invisível, me impeça de ir ter com Jesus Cristo. [...] Nem os mais cruéis suplícios me perturbam, a única coisa que desejo é estar com Jesus Cristo. De que me servem as doçuras deste mundo e os impérios da Terra? Mais vale morrer por Cristo Jesus que reinar até aos confins do universo. É a Ele que procuro, a Ele que morreu por nós; é a Ele que desejo, a Ele que ressuscitou por nós.
Aproxima-se o momento do meu nascimento. [...] Deixai-me abraçar a luz puríssima. Nessa altura, serei um homem. Permiti-me imitar a paixão do meu Deus. [...] Os meus desejos terrenos estão crucificados, já não tenho em mim fogo para amar a matéria, mas apenas a «água viva» (Jo 7, 38) que murmura e me segreda ao coração: «Vem para junto do Pai.» Não quero continuar a saborear os alimentos perecíveis nem as doçuras desta vida. É do pão de Deus que tenho fome, da carne de Jesus Cristo, Filho de David e como bebida quero o Seu sangue, que é o amor incorruptível.
1ª Carta de S. João 2,12-17.
Eu vo-lo escrevo, filhinhos: Os vossos pecados estão-vos perdoados pelo nome de Jesus Cristo. Eu vo-lo escrevo, pais: vós conheceis aquele que existe desde o princípio. Eu vo-lo escrevo, jovens: vós vencestes o maligno. Eu vo-lo escrevi, filhinhos: vós conhecestes o Pai. Eu vo-lo escrevi, pais: vós conheceis aquele que existe desde o princípio. Eu vo-lo escrevi, jovens: vós sois fortes, a palavra de Deus permanece em vós e vós vencestes o Maligno. Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e o estilo de vida orgulhoso – não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa e também as suas concupiscências, mas quem faz a vontade de Deus permanece para sempre.
Livro de Salmos 96(95),7-8.9.10.
Dai ao SENHOR, famílias das nações,
dai ao SENHOR glória e poder.
Dai ao SENHOR a glória do Seu nome,
entrai nos Seus átrios e fazei-lhe ofertas.
Adorai o SENHOR com vestes sagradas.
Trema diante dele a Terra inteira!
Proclamai entre os povos: "O Senhor é Rei!"
Por isso, a Terra está firme, não vacila;
Deus governa os povos com equidade.
Evangelho segundo S. Lucas 2,36-40.
Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações. Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria e a graça de Deus estava com Ele.
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja 2ª homilia sobre o Cântico dos Cânticos, §8 (a partir da trad. Seuil 1953, p. 98)
Pôs-se a louvar a Deus e a falar do Menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.
Ó rebento de Jessé, Tu que és um sinal para todos os povos, quantos reis e profetas desejaram ver-Te e não Te viram! Feliz daquele que, na sua velhice, foi cumulado com o dom divino da Tua vinda! Ele tremeu em desejo de ver o sinal, viu-o e alegrou-se. Tendo recebido o beijo da paz, deixou este mundo com a paz no coração, não sem antes proclamar que Jesus Cristo tinha nascido para ser um sinal de contradição. E essa profecia cumpriu-se: mal apareceu, o sinal da paz foi contraditado, mas por aqueles que têm ódio à paz porque Ele é a paz para os homens de boa vontade, mas para os mal-intencionados é pedra de tropeço. Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele. O Senhor veio a ele, mas os Seus não o receberam. Felizes os pobres pastores que, velando na noite, foram considerados dignos de ver este sinal!
Já nesse tempo Ele Se escondia aos pretensos sábios e prudentes, revelando-Se aos humildes. Aos pastores, o anjo disse: «Eis o sinal para vós.» Ele é para vós, os humildes e obedientes, para vós que não vos jactais de ciência orgulhosa, mas que velais noite e dia, meditando na lei de Deus. Eis o sinal para vós! Aquele que os anjos prometiam, Aquele que os povos reclamavam, Aquele que os profetas anunciaram. [...]
Eis, pois, o sinal para vós; mas sinal de quê? De perdão, de graça, de paz, de uma paz que não terá fim. Eis o sinal para vós: um Menino envolto em panos e reclinado numa manjedoura. Mas Deus está n'Ele, reconciliando o mundo Consigo. [...] Este Menino é o beijo de Deus, o Mediador entre Deus e os homens, Jesus - homem e Cristo, que vive e reina pelos séculos dos séculos.
1ª Carta de S. João 2,18-21.
Filhinhos, estamos na última hora. Ouvistes dizer que há-de vir um antiCristo; pois bem, já apareceram muitos anticristos; por isso reconhecemos que é a última hora. Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido connosco; mas aconteceu assim para que ficasse claro que nenhum deles é dos nossos. Vós, porém, tendes uma unção recebida do Santo e todos estais instruídos. Não vos escrevi por não saberdes a verdade, mas porque a sabeis e também que da verdade não vem nenhuma mentira.
Livro de Salmos 96(95),1-2.11-12.13.
Cantai ao SENHOR um cântico novo,
cantai ao SENHOR, Terra inteira!
Cantai ao SENHOR, bendizei o Seu nome,
proclamai, dia após dia, a Sua salvação.
Alegrem-se os céus, exulte a Terra!
Ressoe o mar e tudo o que nele existe!
Alegrem-se os campos e todos os seus frutos,
exultem de alegria todas as árvores dos bosques
na presença do SENHOR que se aproxima
e vem para governar a Terra! Ele governará
o mundo com justiça e os povos,
com a sua fidelidade.
Evangelho segundo S. João 1,1-18.
No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus. No princípio Ele estava em Deus. Por Ele é que tudo começou a existir e sem Ele nada veio à existência. Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz (o dia) dos homens. A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus que se chamava João. Este vinha como testemunha para dar testemunho da Luz (do dia) e todos crerem por meio d'Ele. Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz (do dia). O Verbo era a Luz verdadeira que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu e os seus não o receberam. Mas a quantos o receberam, aos que n'Ele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus. E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a Sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. João deu testemunho d'Ele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim, passou-me à frente porque existia antes de mim.'» Sim, todos nós participamos da Sua plenitude, recebendo graças sobre graças. É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo. A Deus jamais alguém o viu (porque é Invisível). O Filho Unigénito que está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo Sermão 10 sobre o Natal do Senhor, PL 57, 24
(a partir da trad. Année en fêtes, Migne 2000, p. 78 rev.)
«Nascido do Pai antes de todos os séculos [...] fez-Se homem [...] e nasceu da Virgem Maria (Credo)
Caríssimos irmãos, há dois nascimentos em Jesus Cristo e tanto um como o outro são a expressão de um poder divino que nos ultrapassa absolutamente. Por um lado, Deus gera o Seu Filho a partir de Si mesmo; por outro, Ele é concebido por uma virgem por intervenção de Deus. [...] Por um lado, Ele nasce para criar a vida; por outro, para eliminar a morte. Ali, nasce de Seu Pai; aqui, é trazido ao mundo pelos homens. Por ter sido gerado pelo Pai, está na origem do homem; por ter nascido humanamente, liberta o homem. Uma e outra formas de nascimento são propriamente inexprimíveis e ao mesmo tempo inseparáveis. [...]
Quando ensinamos que há dois nascimentos em Jesus Cristo, não queremos com isto dizer que o Filho de Deus nasça duas vezes; mas afirmamos a dualidade de natureza num só e mesmo Filho de Deus. Por um lado, nasceu Aquele que já existia; por outro, foi produzido Aquele que ainda não existia. O bem-aventurado evangelista João afirma isto mesmo com as seguintes palavras: «No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus» e ainda: «E o Verbo fez-Se homem».
Assim, pois Deus, que estava junto de Deus, saiu d'Ele e a carne de Deus, que não estava n'Ele, saiu de uma mulher. Assim, o Verbo fez-Se carne, não de maneira que Deus Se diluísse no homem, mas para que o homem fosse gloriosamente elevado em Deus. É por isso que Deus não nasce duas vezes; mas por estes dois géneros de nascimentos – a saber, o de Deus e o do homem – o Filho único do Pai quis ser, a um tempo, Deus e homem na mesma pessoa: «E quem poderá contar o Seu nascimento?» (Is 53, 8 Vulg)
Livro de Números 6,22-27.
O Senhor disse a Moisés: «Fala a Aarão e a seus filhos: Assim abençoareis os filhos de Israel. Dizei-lhes: ‘O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua presença e te favoreça! O Senhor se volte para ti e te dê a paz!’ Invocarão o Meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei!»
Livro de Salmos 67(66),2-3.5.6.8.
Deus se compadeça de nós e nos abençoe,
faça brilhar sobre nós a Sua luz.
Sejam conhecidos na Terra os Teus caminhos
e entre as nações, a Tua salvação!
Alegrem-se e exultem as nações
porque julgas os povos com justiça
e governas as nações sobre a Terra.
Que os povos Te louvem, ó Deus!
Todos os povos Te louvem!
Que Deus nos abençoe e o seu Amor
chegue aos confins da Terra!
Carta aos Gálatas 4,4-7.
Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei para resgatar os que se encontravam sob o domínio da Lei a fim de recebermos a adopção de filhos e porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do Seu Filho, que clama: “Abbá! – Pai!” Deste modo, já não és escravo, mas filho e, se és filho, és também herdeiro, por graça de Deus.
Evangelho segundo S. Lucas 2,16-21.
Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura. Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino. Todos os que ouviram, se admiravam do que lhes diziam os pastores. Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração. E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido conforme lhes fora anunciado. Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus indicado pelo anjo antes de ter sido concebido no seio materno.
São Leão Magno (?-c. 461), papa e Doutor da Igreja 6º sermão para o Natal, 2, 3, 5
(a partir da trad. bréviaire; cf SC 22 bis, pp. 139ss.)
Maria, Mãe de Deus, Mãe do Príncipe da Paz (Is 11, 5)
A festa do Natal renova para nós os primeiros instantes da vida de Jesus Cristo, nascido da Virgem Maria. E acontece que, adorando o nascimento do nosso Salvador, celebramos a nossa própria origem. Com efeito, quando Jesus Cristo veio ao mundo, começou o povo cristão: o aniversário da cabeça é o aniversário do corpo.
Ora que mais podemos encontrar nos tesouros da generosidade divina que seja tão adequado à dignidade da festa do Natal como esta paz proclamada pelo cântico dos anjos aquando do nascimento do Senhor (Lc 2, 14)? Pois é a paz que gera filhos de Deus, que favorece o amor, que produz a amizade, que é o repouso dos bem-aventurados, a morada da eternidade. A sua obra própria, o seu particular benefício, consiste em unir a Deus aqueles que separa deste mundo. [...] Assim, pois aqueles que «não nasceram do sangue nem da vontade carnal, nem da vontade do homem, mas de Deus» (Jo 1, 13) devem oferecer ao Pai a vontade unânime dos filhos artesãos da paz. Todos aqueles que se tornaram membros de Jesus Cristo por adopção devem acorrer a venerar o primogénito da nova criação; Aquele que veio, não para fazer a Sua vontade, mas a d'Aquele que O enviou (Jo 6, 38). Os herdeiros adoptados pela graça do Pai não são herdeiros divididos nem separados; têm os mesmos sentimentos e o mesmo amor. Aqueles que foram recriados segundo a única Imagem (Heb 1, 3; Gn 1, 27) têm de ter uma alma que se assemelhe a Ele. O nascimento do Senhor Jesus Cristo é o nascimento da paz. Como diz São Paulo, «Ele [Jesus Cristo] é a nossa paz» (Ef 2, 14).
Livro de Isaías 60,1-6.
Levanta-te e resplandece, Jerusalém, que está a chegar a tua luz! A glória do SENHOR amanhece sobre ti! Olha: as trevas cobrem a Terra e a escuridão, os povos, mas sobre ti amanhecerá o SENHOR. A Sua glória vai aparecer sobre ti. As nações caminharão à Tua luz e os reis ao esplendor da Tua aurora. Levanta os olhos e vê à tua volta: todos esses se reuniram para vir ao teu encontro. Os teus filhos chegam de longe e as tuas filhas são transportadas nos braços. Quando vires isto, ficarás radiante de alegria; o teu coração palpitará e se dilatará porque para ti afluirão as riquezas do mar e a ti virão os tesouros das nações. Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madian e de Efá. De Sabá virão todos trazendo ouro e incenso e proclamando os louvores do SENHOR.
Livro de Salmos 72(71),1-2.7-8.10-11.12-13.
Ó Deus, concede ao rei a Tua rectidão
e a Tua justiça ao filho do rei
para que julgue o Teu povo com justiça
e os Teus pobres com equidade.
Em Seus dias florescerá a justiça
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da Terra.
Os reis de Társis e das ilhas oferecerão tributos;
os reis de Sabá e de Seba trarão suas ofertas.
Todos os reis se prostrarão diante d'Ele;
todas as nações O servirão.
Ele socorrerá o pobre que O invoca
e o indigente que não tem quem o ajude.
Terá compaixão do humilde e do pobre
e salvará a vida dos oprimidos.
Carta aos Efésios 3,2-3.5-6.
Com certeza, ouvistes falar da graça de Deus que me foi dada para vosso benefício a fim de realizar o seu plano que, por revelação, me foi dado conhecer o mistério, tal como antes o descrevi resumidamente que não foi dado a conhecer aos filhos dos homens em gerações passadas, como agora foi revelado aos seus santos Apóstolos e Profetas, no Espírito: os gentios são admitidos à mesma herança, membros do mesmo Corpo e participantes da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
Evangelho segundo S. Mateus 2,1-12.
Tendo Jesus Cristo nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, chegaram a Jerusalém uns magos vindos do Oriente e perguntaram: «Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a Sua estrela (bola de luz) no Oriente e viemos adorá-lo.» Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele. E reunindo todos os sumos sacerdotes e escribas do povo, perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em Belém da Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades da Judeia porque de ti vai sair o Príncipe que há-de apascentar o meu povo de Israel.» Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e pediu-lhes informações exactas sobre a data em que a estrela (a bola de luz, o novo sol) lhes tinha aparecido. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: «Ide e informai-vos cuidadosamente acerca do menino e, depois de o encontrardes, vinde comunicar-mo para eu ir também prestar-lhe homenagem.» Depois de ter ouvido o rei, os magos puseram-se a caminho e a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles (como o milagre do sol (bola de luz) em Fátima) até que, chegando ao lugar onde estava o menino, parou. Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria e, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no e, abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonhos para não voltarem junto de Herodes, regressaram ao seu país por outro caminho.
São Bruno de Segni (c. 1045-1123), bispo 1º sermão sobre a Epifania; PL 165, 863
(a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 334)
Ouro, incenso e mirra.
Guiados pela estrela, os magos que vieram do Oriente até Belém entraram na casa onde a Bem-aventurada Virgem Maria se encontrava com o Menino e, abrindo os seus tesouros, ofereceram três coisas ao Senhor: ouro, incenso e mirra, pelos quais confessaram que Ele era verdadeiramente rei, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.
São também estes os dons que a Santa Igreja não cessa de oferecer a Deus, seu Salvador. Oferece o incenso, quando crê e confessa que Ele é o verdadeiro Senhor, o Criador do universo; oferece a mirra, quando afirma que Ele tomou a substância da nossa carne, na qual quis sofrer e morrer pela nossa salvação; oferece o ouro quando não hesita em proclamar que Ele reina eternamente, com o Pai e o Espírito Santo. [...]
Esta oferenda pode ainda adquirir outro sentido místico. Segundo Salomão, o ouro significa a sabedoria celeste: «O tesouro mais desejável encontra-se na boca do sábio» (Pr 21, 10). [...] De acordo com o salmista, o incenso simboliza a oração pura: «Senhor, que a minha oração se eleve na Tua presença como nuvens de incenso» (Sl 140, 2), pois quando a nossa oração é pura, exala em direcção a Deus um perfume mais puro que o fumo do incenso e, assim como este fumo se eleva para o céu, assim a nossa oração se dirige ao Senhor. A mirra simboliza a mortificação da nossa carne. Assim, pois oferecemos ouro ao Senhor quando resplandecemos na Sua presença pela luz da sabedoria celeste. [...] Oferecemos-Lhe incenso quando elevamos para Ele uma oração pura. E oferecemos-Lhe mirra quando, por meio da abstinência, «mortificando a nossa carne, com os seus vícios e as suas cobiças» (Ga 5, 24), levamos a cruz atrás de Jesus Cristo.
1ª Carta de S. João 3,22-24.4,1-6.
E recebemos d'Ele tudo o que pedirmos porque guardamos os Seus mandamentos e fazemos o que lhe é agradável. E este é o Seu mandamento: que acreditemos no Nome de seu Filho, Jesus Cristo e que nos amemos uns aos outros, conforme o mandamento que Ele nos deu. Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele e é por isto que reconhecemos que Ele permanece em nós: graças ao Espírito que nos deu. Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, pois muitos falsos profetas apareceram no mundo. Reconheceis que o espírito é de Deus por isto: todo o espírito que confessa Jesus Cristo que veio em carne mortal é de Deus e todo o espírito que não faz esta confissão de fé acerca de Jesus Cristo não é de Deus. Esse é o espírito do antiCristo (do homem das trevas), do qual ouvistes dizer que tem de vir; pois bem, ele já está no mundo. Meus filhinhos, vós sois de Deus e venceste-los porque é mais poderoso o espírito que está em vós do que aquele que está no mundo. Eles são do mundo; por isso falam a linguagem do mundo e o mundo ouve-os. Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus, ouve-nos; quem não é de Deus, não nos ouve. É por isto que nós reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.
Livro de Salmos 2,7-8.10-11.
Vou anunciar o decreto do SENHOR.
Ele disse-me: "Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.
Pede-me e Eu te darei povos como herança
e os confins da Terra por domínio.
E agora, prestai atenção, ó reis!
Deixai-vos instruir, juízes da Terra!
Servi o SENHOR com amor, prestai-lhe
homenagem com adoração.
Evangelho segundo S. Mateus 4,12-17.23-25.
Tendo ouvido dizer que João fora preso, Jesus Cristo retirou-se para a Galileia. Depois, abandonando Nazaré, foi habitar em Cafarnaúm, cidade situada à beira-mar, na região de Zabulão e Neftali, para que se cumprisse o que o profeta Isaías anunciara: Terra de Zabulão e Neftali, caminho do mar, região de além do Jordão, Galileia dos gentios. O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz e aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz. A partir desse momento, Jesus Cristo começou a pregar, dizendo: «Convertei-vos porque está próximo o Reino do Céu.» Depois começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando entre o povo todas as doenças e enfermidades. A Sua fama estendeu-se por toda a Síria e trouxeram-lhe todos os que sofriam de qualquer mal, os que padeciam doenças e tormentos, os possessos, os epilépticos e os paralíticos e Ele curou-os. E seguiram-no grandes multidões, vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e de além do Jordão.
São Romano, o Melodista (? – c. 560), compositor de hinos 2º hino para a Epifania, 1, 3, 8 (a partir da trad. SC 110, pp. 271ss. rev.)
Aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz.
Sobre Adão, cego no Éden, ergue-se um sol que surgiu em Belém e que lhe abriu os olhos, lavando-os nas águas do Jordão. Sobre aquele que jazia na sombra e nas trevas elevou-se a luz que nunca mais se extinguirá. Acabou para ele a noite, para ele tudo é dia; chegou para ele o momento da aurora porque foi no crepúsculo que ele se escondeu, como diz a Escritura (Gn 3, 8). Aquele que caíra ao entardecer, encontrou a aurora que o ilumina, escapou à escuridão, avança em direcção à manhã que se manifestou e que tudo ilumina. [...]
Canta, Adão, canta e adora Aquele que vem a ti; quando tu te afastavas, Ele manifestou-Se a ti para que pudesses vê-Lo, tocar-Lhe, acolhê-Lo. Aquele que temias quando foste enganado, fez-Se por ti semelhante a ti. Desceu à Terra para te levar para o céu, tornou-Se mortal para que tu te tornasses Deus e te revestisses da tua beleza inicial. Desejando abrir-te de novo as portas do Éden, habitou em Nazaré. Por tudo isso, canta-Lhe, ó homem, glorifica com salmos Aquele que Se manifestou e que tudo iluminou. [...]
Os olhos dos filhos da Terra receberam a força de contemplar o rosto celeste; os olhos dos seres de barro (Gn 2, 7) viram o brilho sem sombras da luz imaterial que os profetas e os reis não viram, mas desejaram ver (Mt 13, 17). O grande Daniel foi chamado homem de desejos porque desejou contemplar Aquele que nós contemplamos. Também David esperou este decreto. Aquilo que estava oculto pode agora ser compreendido: é que Ele manifestou-Se e tudo iluminou.
1ª Carta de S. João 4,7-10.
Caríssimos, amemo-nos uns aos outros porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama, nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus. Aquele que não ama (vive no egoísmo) não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor. E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito para que, por Ele, tenhamos a vida. É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Livro de Salmos 72(71),1-2.3-4.7-8.
Ó Deus, concede ao rei a Tua rectidão
e a Tua justiça ao filho do rei,
para que julgue o Teu povo com justiça
e os Teus pobres com equidade.
Que os montes tragam a paz ao povo
e as colinas, a justiça.
Que o rei proteja os humildes do povo,
ajude os necessitados e esmague os opressores!
Em Seus dias florescerá a justiça
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da Terra.
Evangelho segundo S. Marcos 6,34-44.
Ao desembarcar, Jesus Cristo viu uma grande multidão e teve compaixão deles porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas. A hora já ia muito adiantada, quando os discípulos se aproximaram e disseram: «O lugar é deserto e a hora vai adiantada. Manda-os embora para irem aos campos e aldeias comprar de comer.» Jesus Cristo respondeu: «Dai-lhes vós mesmos de comer.» Eles disseram-lhe: «Vamos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?» Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes? Ide ver.» Depois de se informarem, responderam: «Cinco pães e dois peixes.» Ordenou-lhes que os mandassem sentar por grupos na erva verde. E sentaram-se, por grupos de cem e cinquenta. Jesus Cristo tomou, então, os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e dava-os aos seus discípulos para que eles os repartissem. Dividiu também os dois peixes por todos. Comeram até ficarem saciados. E havia ainda doze cestos com os bocados de pão e os restos de peixe. Ora os que tinham comido daqueles pães eram cinco mil homens.
Papa Bento XVI Homilia para o Congresso eucarístico italiano, 29/05/05
(trad. Osservatore Romano rev.; cf DC 2339, p. 634 © Libreria Editrice Vaticana)
Jesus Cristo tomou, então, os cinco pães [...], pronunciou a bênção, partiu os pães e deu-os aos discípulos.
«Sem o Domingo não podemos viver». No ano 304, quando o imperador Diocleciano proibiu os cristãos, sob pena de morte, de possuírem as Escrituras, de se reunirem ao domingo para celebrar a Eucaristia, [...] em Abitene, uma pequena localidade na actual Tunísia, 49 cristãos foram surpreendidos a um domingo enquanto, reunidos em casa de Octávio Félix, celebravam a Eucaristia [...]; foram presos e levados para Cartago para serem interrogados [...]. Um deles respondeu: «Sine dominico non possumus»: sem nos reunirmos em assembleia ao domingo para celebrar a Eucaristia, não podemos viver. Faltar-nos-iam as forças para enfrentar as dificuldades quotidianas sem sucumbir. [...]
O Filho de Deus, tendo-Se feito carne, podia tornar-Se pão e ser assim alimento do Seu povo que está neste mundo a caminho da terra prometida do céu. Precisamos deste pão para enfrentar as fadigas e o cansaço da viagem. O Domingo, Dia do Senhor, é a ocasião propícia para haurir a força d'Ele, que é o Senhor da Vida. Por conseguinte, o preceito festivo não é um dever imposto do exterior, um peso sobre os nossos ombros. Ao contrário, participar na celebração dominical, alimentar-se do Pão eucarístico e experimentar a comunhão dos irmãos e irmãs em Jesus Cristo é uma necessidade para o cristão, é uma alegria. É assim que ele pode encontrar a energia necessária para o caminho que tem de percorrer todas as semanas.♥
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